domingo, 21 de abril de 2013

Teus olhos, meu lar!




O céu nublado de outono
Não costuma, sorrir estrelado.
O frio da estação
Remete-nos a uma cinzenta tristeza.
Fui poeta de outonos!
Trazia comigo um sorriso roto,
Abraços desinteressados e soltos,
Beijos loucos e poucos
E um coração fragmentado em grãos.

Queria poder amar.
Mas o amor não me era permitido.
Tentei amar as estrelas
Entretanto o outono nublado
Divertia-se em escondê-las,
Para saborear a minha desilusão.

Foi quando em uma das noites tristes e
Silentes, regadas à poesia
A encontrei (minha moça).
E sem permissão prévia
Mergulhei em seus negros olhos
Deixando-me imergir
Em tão profunda alma/amor.


Nadei em águas profundas
E quanto mais fundo mergulhei,
Mais fôlego adquiri.

Esses olhos/mundo
São fontes de vida.
Rejuvenesci. Ascendi
Como um enxame de vagalumes
Vagando por uma esquina escura da vida.

- Às margens deste mar do olhar
Pude perceber que em você
Não existia outono. -

O céu estrelado
Convidativo me tirou pra valsar.
Sem perceber minhas asas voei
A dançar
A sorrir
A viver
A sentir
A amar...
Ah, como eu amo seu olhar.
Eu tenho vida no seu olhar!

Cansado de tanto valsar,
Voar e amar
Sentei-me em uma das margens de sua alma (mar)
E comecei a escrever essas palavras
Com o intuito de avisar
Que agora sou morador dos olhos teus.
Perdi-me nesta imensidão.
E por favor, não tente me resgatar!

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