segunda-feira, 30 de julho de 2012

A paixão em sonho

É tão bom se entregar.
Fechar os olhos e mergulhado em beijos afáveis esquecer-se do inesquecível.
Abraçar como se o corpo ali apertado fosse à única razão vital existente.
É surreal olhar
Dento de outros olhos e alcançar o brilho de uma paixão poente.
Olhar
Sorrisos que se formam depois de longos beijos...
Sorrisos que preanunciam outros longos e vorazes beijos.
É prazeroso
Beijar aquela mão com o carinho que um pai beija a barriga da esposa grávida
E depois sorrir, como uma trombeta que anuncia a presença real, anunciando o próximo beijo.
É saboroso folhear livros de sonetos amorosos antigos em busca de um que traduza tudo aquilo entalado em uma garganta seca de palavras, mas molhada por beijos em potencial.
É tão extasiante ficar com o perfume em seus braços
E dormir buscando o aroma.
Aroma confortador que com o alento da paixão nos deita em um sono regado por sonhos que são a extensão deste sentimento aqui transcrito.
Sonho com abraços e beijos
Outros apenas com a voz.
Sonhos de uma vida pela frente
Regada por paixão e paz.
Sonho que um dia nunca acorde,
E se acordar, que eu jamais
Deixe que a noite volte
Para contigo sonhar um pouco mais.

Coração Frio

Tem gente que diz: “Vai devagar com o coração menino!”.
Responde-me, de quem é o coração?
Conselheiros hipócritas e mal amados,
Quando eu precisar de ajuda farei autoajuda.
Na verdade, até que entendo a intenção.
Na certa eles não conhecem o meu tipo.
Não sabem daquele probleminha!
Frieza.
O homem frio sofre consigo mesmo.
Ele não precisa de outra pessoa para ser feliz.
Mas nem por isso é feliz,
Pois sua felicidade se acaba por si.
Bem aventurado aquele que sofre de amor,
Pois malditos somos os que não conseguem amar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Metamórfico e egocêntrico

Sou metamórfico por natureza. 
Mudo para satisfazer meu ego.
Pois a esbelta dureza
Dos meus sentimentos me fizeram cego.
Porque me tomas com um pedido de extrema indelicadeza?
Não mudo por você, pois isso não é amor!
E tenho do céu a certeza
Que do seu jardim sentimental não brotaria uma sequer flor.
Se te magoa minha demência
Eu te permito a ir por outro caminho
Procurando entre os seus espinhos...
- Malditos e dolorosos espinhos! -
...Flores com minha essência!

sábado, 7 de julho de 2012

Caminhos internos


O oculto me fere quando, por análise, não o alumio.
E o inerte me ocupa quando, por conta própria, o faço andar.
Nada me parece impossível.
Perante o espelho perfeito sou.
Mas quando me identifico equivocado sofro enojado por minhas máculas.
A perfeição talvez seja a maior utopia inventada por ninguém.
E a utopia é a melhor forma de construir um sonho.
Por almejar a perfeição, talvez a alcance,
Pois foi almejando a felicidade
Que fui feliz.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Fim de noite, poucas palavras e alguns sentimentos


Gostaria que rolasse.
Assim como rolam as lágrimas pela impenetrável epiderme facial,
Ou então, como objetos ovais sobrepostos a uma estrutura plana.

Desejo que aconteça.
Como os relâmpagos em noites atormentadas por tempestades barulhentas.
Da mesma forma que nascem os “pés de mato” dentre as fendas do meio fio.

Simplesmente
Eu preciso de você.
Eu preciso do nosso amor.
Seja lá quem for você
Seja lá o que for esse amor!

Verdes e celestes.


Meu corpo esvaído de senso crítico
Inerte admira a verdejança do teu olhar.
E atento a silente melodia que ecoa de teus cachos
Componho, apenas a pulso, um poema.

Como pode ser tão intenso seu feitiço
Sendo você uma criança celestial?
De onde vem o verde desta suave voz
Transposta por teus olhos?

Abraça-me?
Abraça-me agora, pois do contrário cairei.
E toca-me nesta hora.
Menina te amo... agora te amo!
Assim como, de momento, nunca amei.

Sei que nada posso oferecer.
Se não sabia disso, o faça agora.
Na verdade, de nobre este poeta só tem sentidos/sentimentos
Escrito nestas, e em outras linhas,
Mesmo que pouco dure.
Por isso acredite:
Eu te amo... agora te amo!
Assim como, por um momento nunca amei.

Parteiro pecador

Senhores desculpem-me, pois pequei!
Não consegui transfigurá-la.
Ela nasceu assim.
E por covardia deste poeta permanecerá deste modo!
Oras cabe à parteira,
Decidir arrancar um membro da criança
Por julgar deformidade?
Não!
Por isso julgue-me e punam-me,
Mas mais vale o que de mim provém de fluxo natural
Do que o forjado em sentimentos nunca

Parteiro pecador

Senhores desculpem-me, pois pequei!
Não consegui transfigurá-la.
Ela nasceu assim.
E por covardia deste poeta permanecerá deste modo!
Oras, cabe à parteira
Decidir arrancar um membro da criança
Por julgar deformidade?
Não!
Por isso julgue-me e punam-me,
No entanto mais vale o que de mim é natural
Do que o forjado em sentimentos nunca assimilados.