segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Amo a noite


A reconfortante escuridão do céu noturno me toma em prazer.
As estrelas, em milhares, cantando uma silente melodia reluzente.
Cingem de sagrado o negror orbital celeste.
Sardas cintilantes são as estrelas.
Lá no alto do negrume a Lua é a protagonista.
Onde as sardas, cantantes e luzidas brindam melodicamente sua beleza de amante.
Minha amante!
Descrita e recitada por mim noites a fio.

Recitais e serenatas românticas a deusa de brilho impar.
Lua como tu és amada por este comum humano!
Escuridão e sardinhas fulgentes também as amo.
Mas o que me toma por gosto é o silêncio.
O silêncio é a mandraca do viver.
O silêncio é o canto das estrelas e o ressoar das ondas do breu.
A resposta da Lua aos meus suspiros e pedidos é o silêncio.
O silêncio é paridor:
De sonhos,
De esperança,
De conforto,
De ideias,
De beijos,
De escárnios,
Da voz.
O silêncio é o nada.
E o nada é a possibilidade da existência.
Se pode, logo existe!

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