sábado, 4 de maio de 2013

Como em um sonho


Eu permanecia em minha cama deitado
Enquanto meus pensamentos
Juntamente com meus sentimentos
Rodeavam-na em abstrata observação.
Neste momento tomado estava
De um visível e real encanto.
O que será isso meu Deus...
Desejo, curiosidade, idolatria?
Antes de concluir o que pensava
A vi entrando pela porta
E em salto me pus de pé a encará-la.
Ela sorriu (Ah, como eu gosto daquele sorriso!)
E paralisado fiquei diante de tal divindade.
Pude perceber que seus cabelos soltos
Alcançavam a cintura. (Ah, como eu gosto daqueles cabelos!)
O silêncio tomava o espaço que nos envolvia
E antes que eu ousasse quebrá-lo
Ela beijou-me.
Seus lábios me tocaram causando frisson
Doçura e desejo
Volúpia e sinceridade.
Senti nossas almas entrelaçadas
Assim como nossas línguas.
Partindo do diafragma ascendeu uma fagulha
Queimando um pavio rumo ao coração
Que explodiu incendiando meu corpo
Como chama incessante de paixão.
Meus olhos brilharam como um farol
Anunciando aos perdidos, que aquela boca era minha guia.


Tudo seria perfeito, se não fosse uma luz invasora
Que adentrando minha janela me despertou
Do melhor e mais saboroso sonho que tive...
Sonho de amor!

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