"Tão suave como um campo de lírios alucinógenos. Uma perturbação delirante da consciência para transpor um pensamento poético."
sábado, 30 de junho de 2012
Vendo de baixo
Decorei com vasos floridos a porta na intenção de transforma-la em janela.
E cansando de cansar,
Deitei no chão para observar quem passava.
Descobri que o Padre usa um Nike branco,
E que a mulher do açougueiro tinha um dedo a menos.
Empolgado a ousar
Virei de barriga para o céu
E lá de baixo observei as nuvens, que pareciam ainda mais distantes.
Senti-me sob guarida.
Percebi que o chão não é alvo constante do olhar das pessoas,
Assim posso observar sem ser percebido.
O lugar certo. O melhor lugar
Para um maluco poeta criar, observar e sonhar.
Agora afirmo, sem por jeito hesitar:
Tolo é aquele que acredita
Que o que vem de baixo não machuca.
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